Sãosinha Costa

07.02.2018

Sãosinha tchefra, de sorriso rasgado e contagiante!


Conceição Gomes da Costa, mais conhecida por Sãosinha Costa, de 26 anos e nascida em Portugal, è locutora e repórter na Rádio Jovem Bissau.

Ami I Guiné-Bissau foi saber mais sobre esta jovem de carreira promissora no jornalismo da Guiné-Bissau e com muito para oferecer para a cultura guineense.


Quem è Sãosinha Costa?

Descrever a Sãosinha Costa é complicado, porque acho que quem se descreve muito limita-se.

Mas vamos a isso, a Sãosinha é uma menina-mulher sonhadora, que vive quase sempre no seu mundo, tentando idealizar ou melhor realizar os seus mais profundos desejos.

Charmosa, elegante e cheia de estilo, Sãosinha busca harmonia e equilíbrio em tudo o que faz. Sempre me preocupo com próximo, não suporto a ideia de ser injusta ou de magoar alguém. Por isso tenho "fama" de ser indecisa, já que penso muito antes de tomar uma decisão.

Prefiro analisar cuidadosamente todos os lados da questão e não correr o risco de cometer uma injustiça.

Detesta ficar sozinha, adoro moda, festas e eventos.

Por detrás desta mulher determinada e destemida, existe uma criança que ainda tem um certo receio dos desafios que a vida lhe impôs.

Sãosinha tchefra, de sorriso rasgado e contagiante assim ku nkaba.

Sempre tiveste esta aspiração profissional?

Jornalismo é a minha paixão, desde a tenra idade que me encantei por essa profissão e não me vejo a fazer outra coisa a não ser isso (brincadeira). Lembro quando tinha entre 7 e 9 anos de idade, costumava assistir o noticiário todos os dias e às vezes até muito tarde, a minha mãe dizia " ke bu ka ta kansa djubi televisão?", e eu respondia "mamã nmisti sibi ke ku na passa", e a partir daí descobri que tinha e ainda tenho amor à essa nobre profissão.

Com o tempo fui pesquisando e descobrindo esse mundo "di papiaduris" que me tem fascinado e pude perceber que tenho um dom que precisava ser explorado e moldado.

Faço jornalismo com amor, carinho e dedicação, é a minha vida.


O que te levou a seguir esta carreira?

São muitas as razões que me fizeram persistir neste caminho, mas o mais importante é que me sinto bem e realizada ao exercer essa arte, sim porque fazer jornalismo é arte e poucos o conseguem.

A minha primeira experiência no microfone "a parlapiar" foi nos meados de 2012 em Lisboa, fui convidada por um amigo para participar num programa interativo destinada à comunidade guineense aí residente. Fiquei estupefacta quando ouvi a minha voz, porque nem eu sabia que tinha essa qualidade, a partir decide que tinha que prosseguir nesta caminhada.

Jornalismo não é um mar de rosas, há dias coloridos e outros cinzentos, mas assim é a vida uma montanha russa, onde é preciso ser malabarista e muito persistente para não desistir no primeiro obstáculo que lhe aparecer.

Por isso é que costumo dizer "nasci, vivo e vou morrer a parla piar".

Que sentimentos brotam em ti quando ves o teu trabalho a levar o nome e outra imagem da Guiné pelos quatro cantos do mundo ?

Partir à descoberta de um mundo desconhecido deixou-me ainda mais curiosa e fascinada, com vontade de conhecer tudo e todos.

Como descreves o teu percurso?

Já há cinco anos nesta estrada, pude ver a vida numa outra perspetativa e perceber que estamos a viver num mundo que está em constante mutação e que é preciso muita firmeza para aguentar o andar da carruagem.

É necessário muita perseverança e paciência para se chegar a um certo nível e esse pensamento tem-me guiado ao longo dos anos nesta jornada.

Apesar das peripécias vou continuar a labutar e tenho a certeza que um dia vou alcançar os meus objetivos.

Qual è a visao que tens do teu trabalho no meio guineense?

Ah é uma sensação de dever cumprido, saber que estou a ajudar a projetar o bom nome Guiné-Bissau além-fronteiras é gratificante.

O meu percurso tem sido um tanto quanto equilibrado, houve momentos em que pensei desistir de tudo e partir para o mundo fora "sem destino", mas também houve momentos de pura alegria.

Comecei como uma simples apresentadora de um programa interactivo e hoje já estou a apresentar o noticiário e tive a oportunidade de trabalhar na televisão, posso dizer que a minha trajectória tem sido boa.

Sentes que tem repercussão na juventude guineense?

Os jornalistas desempenham funções únicas na promoção das nossas liberdades fundamentais e no reforço das nossas sociedades.

O meu trabalho tem contribuído muito na mudança de mentalidade da sociedade em particular dos jovens.

Todos os dias acordo com intenção de fazer uma mudança positiva na vida dos jovens guineenses, tais mudanças podem ocorrer de diversas formar o mais importante não é seres referência ou exemplo a seguir, mas sim fazer coisas que possam realmente fazer diferença na vida dos outros.

Há jovens que dizem "ngosta tchiu do bô ou nmisti sedu suma bô", para mim isso não é grande coisa, não que esteja a menosprezar a admiração que sentem ou têm por mim, o mais importante para mim não são os elogios, é fazer algo que possa servir de inspiração ou exemplo para os que te admiram, contribuir de uma certa forma na capacitação e mudança de mentalidade dos jovens para que possam cooperar no desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O meu objetivo sempre foi trabalhar em prol do tão almejado desenvolvimento do nosso país e assim vou continuar, porque cada um tem uma cota a dar para esse martirizado país.

Que perspectivas, tanto a nível pessoal como a nível profissional, tens esboçadas para o futuro?

As perspectivas para o futuro são tantos, a nível profissional quero crescer, atingir patamares mais altos. Superar as dificuldades e tornar-me cada vez melhor no que faço.

O que esperas que o destino reserve `a Guiné-Bissau?

Quanto à Guiné-Bissau, tenho certeza aliás sinto que há um futuro risonho pelo qual os nossos antigos combatentes lutaram e que com esforço e dedicação havemos de lá chegar.

Gosto da citação do jornalista Victor Bandarra da TVI que diz que "a Guiné-Bissau podia ser o paraíso na Terra. Mas não é! A Natureza é pródiga, a paisagem enche os olhos, os rios espreguiçam-se por recantos lindos de morrer. Com apenas 1,8 milhões de habitantes, o país tem tudo para ser rico", realmente somos ricos, mas a maneira como o país tem sido conduzido não tem ajudado.

Acreditas que a Guiné-Bissau sempre será a tua casa?

Padida di dus mama, mindjer sufridur, mindjer balenti y di balur na bu tchon nha biku nterradu, di bô nkana separa nunca ninsi nbai até fim di mundu na bu ragass ku na bin descansa nha cassabi di dia a dia.

E para finalizar, que mensagem deixas?

Aos leitores em particular os jovens, gostaria de deixar a seguinte mensagem: a educação é o único caminho para se alcançar o objectivo ambicionado, temos que ser mais unidos e trabalharmos para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.


Assim mais uma vez fica provado que  "A Educação `e o combustível de uma Nação" 


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